Relação comercial

Haddad diz que taxação dos EUA sobre aço e alumínio é medida "contraproducente"

Titular da Fazenda disse que há uma previsão de encontro entre ministros com o presidente Lula para discutir sobre o assunto

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"A economia global perde com isso, com essa retração, com essa desglobalização que está acontecendo", afirmou Haddad, nesta terça-ferira (11/2). - (crédito: Diogo Zacarias/Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados pelos Estados Unidos. Após se reunir com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira (11/2), o chefe da pasta afirmou que medidas unilaterais, como essa, são “contraproducentes para a melhoria da economia global”.

“A economia global perde com isso, com essa retração, com essa desglobalização que está acontecendo”, afirmou o ministro. “Isso não significa defender a velha globalização que trouxe outros desequilíbrios, mas defender um tipo de globalização sustentável, do ponto de vista social, do ponto de vista ambiental, mas nós estamos na linha do que nós propusemos no G20”, completou Haddad.

O titular da Fazenda ressaltou que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) é quem leva à frente as discussões sobre o tema e afirmou que, em breve, deve haver um encontro de ministros com Lula, para debater sobre esse assunto.

“Mas nós estamos acompanhando. Primeiro, sabendo a minúcia da decisão, segundo, observando quais as implicações que isso vai ter, porque não é uma decisão contra o Brasil, é uma coisa genérica para todo mundo, então observamos as reações do México, do Canadá e da China a esse respeito”, destacou.

Abertura para negociações

Até o momento, o decreto instituído pelo governo norte-americano segue sem exceções em relação à tarifa aplicada para os países fornecedores de aço. Sobre a possibilidade de negociar condições melhores para a relação comercial entre os países, Haddad reconheceu que ainda não sabe qual a disposição do governo dos EUA para negociações.

A respeito das demandas do setor de aço e alumínio, Haddad ressaltou que se reúne com frequência com representantes do segmento e avalia que deve ter um novo encontro com essas lideranças após a volta de uma viagem que fará ao Oriente Médio, entre os próximos dias 14 e 20 de fevereiro.

Raphael Pati
postado em 11/02/2025 19:48