A Caixa Econômica Federal aprovou o aumento das taxas de juros para financiar imóveis a partir de 2025. A mudança já está em vigor desde o último dia 2 de janeiro, com as taxas ficando entre 1 a 2 pontos mais altas, a depender da modalidade. A mudança ocorre em meio ao aumento da taxa Selic que, em 11 de dezembro, elevou em um ponto percentual os juros, para 12,25% ao ano — além de sinalizar que devem ocorrer mais duas altas com a mesma intensidade.
Os juros da linha de crédito corrigida pela Taxa Referencial (TR) subiram para 10,99% a 12% ao ano — além do valor fixo da própria TR. Até o ano passado, as taxas dessa linha estavam em TR + 8,99% a 9,99%. Já no caso das linhas corrigidas pela poupança, o percentual subiu de uma faixa entre 3,1% e 3,99%, para 4,12% a 5,06%, além da remuneração da caderneta.
A Caixa emitiu uma nota no qual explica que as mudanças nas taxas aplicadas pelo banco são definidas a partir da movimentação atual do mercado financeiro. “A Caixa esclarece que a definição das taxas de juros do banco se baseia na análise da associação de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito”, informa.
As alterações impactam apenas as modalidades de crédito que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que é utilizado para financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão. É importante destacar que, no caso das linhas que têm como base recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a exemplo do Minha Casa, Minha Vida, não haverá mudança nas taxas.
Restrições maiores
A elevação das taxas ocorre cerca de dois meses após o banco alterar as regras para o financiamento imobiliário. Desde o último dia 1º de novembro, quem buscava um financiamento pela Caixa teve de lidar com restrições ainda maiores. A nível de exemplo, as operações por sistema de amortização constante, o SAC, a entrada subiu de 20% para 30% do valor total do imóvel. Para quem financia pelo sistema Price – por meio de parcelas fixas – o valor aumentou de 30% para 50%.
Na ocasião, a instituição financeira explicou que as restrições foram aprovadas para garantir que o crédito habitacional do banco superasse o orçamento aprovado para 2024 e que estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais. “Inclusive, participando de discussões junto ao mercado e ao Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado”, justificou o banco, em nota.
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