Em um ano marcado por queda de preços em commodities estratégicas para o país, o saldo da balança comercial foi menor em 2024 do que o registrado no ano anterior. Dados publicados nesta segunda-feira (6/1), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que, no ano, as exportações caíram 0,8%, enquanto as importações avançaram 9%.
Diante disso, a balança comercial registrou superavit de US$ 74,6 bilhões, o que representa uma queda de 24,6% na comparação com 2023. Apesar da queda, trata-se do segundo maior resultado, em valores nominais, da balança comercial em toda a série histórica, atrás somente do ano anterior. A corrente de comércio também registrou o segundo maior valor acumulado no ano, com US$ 599,5 bilhões, ao todo.
Em valores, as exportações somaram US$ 337 bilhões em todo o ano de 2024, enquanto as importações atingiram US$ 262,5 bilhões. Nesse período, o setor agropecuário foi impactado pela queda de preços de commodities importantes, como a soja, e o valor final obtido foi de 72,5%, o que indica uma queda de 11% em relação ao ano anterior.
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Por outro lado, as exportações na indústria extrativa e na indústria de transformação avançaram no ano, tanto em valor obtido quanto em volume. As vendas nestes segmentos somaram US$ 80,9 bilhões e US$ 181,9 bilhões, respectivamente, com altas de 2,4% e 2,7%.
Exportações caíram em dezembro
No último mês do ano, as exportações tiveram uma queda significativa, o que fez com que as vendas para o exterior encerrassem 2024 menores do que as registradas no período anterior. Em dezembro, houve queda de 13,5% nas vendas para o exterior, enquanto as importações avançaram 3,3%. Com isso, o saldo da balança no mês foi de US$ 4,8 bilhões — uma queda de 48,5% em relação a dezembro de 2023.
Nenhum segmento registrou avanço nas exportações no último mês de 2024. Enquanto a indústria de transformação manteve o mesmo resultado do ano anterior, a agropecuária e a indústria extrativa registraram quedas fortes de 23,2% e 34,8%, respectivamente, em valor obtido.
Nesse período, apesar de as vendas para o Mercosul e para os Estados Unidos terem sido maiores, as exportações para os principais parceiros comerciais na Ásia e na União Europeia recuaram consideravelmente.
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