
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) registrou nesta quinta-feira (30/1) uma queda de 2,5 pontos em janeiro, atingindo 91,8 pontos. Trata-se do terceiro recuo consecutivo do indicador, sinalizando um início de ano desafiador para o setor. Na média móvel trimestral, o índice também apresentou retração, com queda de 1,3 ponto.
De acordo com Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, o resultado reflete uma piora tanto na avaliação da situação atual quanto nas expectativas futuras do setor de serviços. "O primeiro resultado do ano aponta para um pessimismo disseminado, com projeções menos favoráveis para a demanda nos próximos meses. No entanto, algumas atividades, como os serviços prestados às famílias, ainda registraram melhora na confiança", explica.
Segundo os dados, a queda na confiança foi impulsionada pelo recuo de 2,6 pontos nos dois principais componentes do índice: o Índice de Situação Atual (ISA-S), que mede a percepção sobre o momento presente e que caiu para 94,7 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-S), que avalia as perspectivas futuras e que caiu para 89,0 pontos.
No detalhe dos dados, os empresários do setor de serviços demonstraram maior cautela em relação ao momento atual. O indicador de situação atual dos negócios recuou 2,1 pontos, chegando a 94,9, enquanto o volume de demanda atual caiu 3,0 pontos, para 94,5.
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Já as previsões para os próximos meses também pioraram: o indicador de demanda prevista para os próximos três meses caiu 2,4 pontos, atingindo 89,9, e o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses recuou 2,8 pontos, para 88,1.