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Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros Selic em 1 p.p. (um ponto percentual), para 13,25% ao ano, a Confederação Nacional da Indústria publicou uma nota que repudia o novo aumento. Para a entidade, a elevação da Selic neste momento é “injustificada” e consequência de uma “longa cultura de juros reais elevados que persiste no Brasil”.
“O Banco Central mostra que persiste em uma única ferramenta de política monetária - a elevação dos juros -, no enfrentamento de expectativas de inflação. Não considera, no entanto, os efeitos impactantes dos juros e a taxa de câmbio na própria inflação”, considera a CNI.
Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, o Banco Central mantém uma postura errática na tentativa de controlar a inflação com o ajuste mais intenso dos juros. “Com a decisão, o Banco Central mostra que continua ponderando equivocadamente os fatos econômicos mais relevantes do cenário atual, principalmente no que diz respeito ao quadro fiscal e à desaceleração da atividade do país”, diz Alban.
A decisão do Banco Central foi motivada, de acordo com a autoridade monetária, pela preocupação com a inflação crescente no país. Além disso, o BC reforçou, em comunicado divulgado logo após o anúncio da elevação dos juros, que deve haver uma nova alta “de mesma magnitude” – de 1 p.p. – na próxima reunião do grupo, marcada para os dias 18 e 19 de março.
Consenso nacional
Mesmo assim, a CNI defende a adoção de outros meios para controlar a inflação e garantir o equilíbrio das contas públicas. Entre elas, propõe a criação de um consenso com os Poderes, empresários e outros setores da economia, em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes
“A busca pela disciplina fiscal deve vir acompanhada de medidas de incentivo à inovação, à infraestrutura, à educação e à tecnologia, garantindo uma elevação do PIB no médio e longo prazo, gradual e sustentada”, defende.