O dólar fechou em queda de 1,11%, nesta segunda-feira (6/1), cotado a R$ 6,11, registrando a maior retração em mais de duas semanas. O movimento ocorreu em meio à especulação de que o governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia adotar tarifas de importação menos agressivas do que inicialmente previsto.
A notícia, publicada pelo jornal The Washington Post, indicava que os assessores de Trump defendem a aplicação de tarifas mais elevadas apenas em setores considerados cruciais para a segurança nacional, como energia e defesa. Contudo, Trump negou a informação por meio de sua rede social, classificando-a como "fake news". Apesar da negativa, o mercado reagiu positivamente à possibilidade de uma abordagem menos protecionista.
A perspectiva de tarifas moderadas nos Estados Unidos impactou o mercado global, reduzindo a força do dólar e impulsionando o apetite por ativos mais arriscados, como ações e moedas de países emergentes. No Brasil, o dólar à vista encerrou cotado a R$ 6,1143, enquanto o contrato futuro para fevereiro caiu 1,18%, a R$ 6,1415.
O motivo para a reação está ligado à expectativa de menor pressão inflacionária nos Estados Unidos. Caso as tarifas sejam reduzidas, a inflação tende a diminuir, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a não elevar as taxas de juros tão rapidamente. Taxas de juros mais baixas nos EUA tornam os mercados emergentes, como o Brasil, mais atrativos para investidores estrangeiros.
Ibovespa recupera os 120 mil pontos
A bolsa brasileira também refletiu o otimismo global. O Ibovespa, principal índice do mercado acionário do país, subiu 1,26%, fechando em 120.022 pontos, retomando o patamar dos 120 mil perdido na semana anterior.
Com a liquidez do mercado aumentando após o período de festas, investidores aproveitaram o momento para adquirir ações consideradas subvalorizadas. O volume financeiro da sessão somou R$ 19,32 bilhões. Apesar do avanço, o índice ainda acumula queda de 0,22% no mês.