Com as grandes transformações no cenário econômico, social e ambiental, o Correio Braziliense promoverá, amanhã, o seminário CB Debate — Desafios 2025: o futuro do Brasil em pauta. O evento, que será realizado no auditório do jornal, nesta terça-feira (17/12), reunirá especialistas, economistas e autoridades para discutir o desenvolvimento do país nos próximos anos, com ênfase nas políticas públicas, no equilíbrio fiscal, na transição energética, além das oportunidades para que consolide o protagonismo no cenário internacional.
O seminário será dividido em três painéis, cada um abordando temas para o Brasil e o mundo nos próximos anos. O primeiro será sobre políticas públicas, equilíbrio fiscal e a relação entre os Poderes. O segundo debaterá a COP-30 e o protagonismo do Brasil no cenário internacional. O terceiro explicará quais são os negócios que trazem desenvolvimento sustentável para o Brasil.
O seminário contará com a presença de nomes importantes do cenário político e empresarial, como Rodrigo Rollemberg, secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e ex-governador do Distrito Federal. Ele enfatizou a importância da COP-30 para o Brasil.
"A COP-30 será uma oportunidade para o país mostrar toda a sua evolução na agenda verde, com marcos regulatórios, programas de financiamento e a redução do desmatamento na Amazônia. Será também a chance de mostrar ao mundo que o Brasil é o paraíso para investimentos verdes", destacou.
Além de Rollemberg, estarão presentes os governadores Helder Barbalho (PA, em cuja capital, Belém, se realizará a COP-30) e Ronaldo Caiado (GO); Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram); Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil); Selene Peres Nunes, especialista do Instituto de Finanças Públicas; João Villaverde, secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento; Tatiana Oliveira, especialista em Política Internacional e Clima do WWF-Brasil; Felipe Salto, economista-chefe e sócio da Warren Investimentos; Roberto Brant, presidente do Instituto CNA; e Manoel Pires, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV-Ibre).
Agenda ESG
Parte do seminário dará destaque à Agenda ESG (ambiental, social e governança, em português), um conjunto de boas práticas que demonstra como as empresas estão conscientes de seu papel social e ambiental. Em um mundo cada vez mais preocupado com essas questões, a Agenda tornou-se um pilar importante para as empresas que desejam manter-se competitivas e responsáveis no mercado global.
A discussão sobre como o Brasil pode atrair investimentos voltados para a sustentabilidade, e como as empresas podem se adaptar a essas demandas, será um dos focos do evento.
Para o presidente do Instituto Redemar Brasil, William Freitas, apesar dos avanços na redução do desmatamento na Amazônia, o Brasil ainda enfrenta desafios. "A proteção do meio ambiente exige um olhar abrangente e ações mais eficazes. Além do desmatamento na Amazônia, o país enfrenta problemas como a poluição de rios e solos, o desmatamento em outros biomas e a exploração de petróleo na margem equatorial. A necessidade de investimentos em tecnologias limpas e no desenvolvimento sustentável é urgente", cobrou.
Esses desafios ambientais, segundo Freitas, são uma preocupação central para a COP-30. A conferência será uma oportunidade para o Brasil reafirmar seu compromisso com a sustentabilidade e mostrar ao mundo o potencial de seus recursos naturais, além de promover uma agenda global de descarbonização e preservação dos ecossistemas.
Com isso, surgirão oportunidades para o Brasil poder aproveitar para crescer de maneira sustentável. Talita Martins, professora do MBA em ESG e Impact da Trevisan Escola de Negócios, ressaltou que os acontecimentos de 2024 consolidaram a importância da sustentabilidade para o futuro do país.
"Agora, o foco deve estar voltado para o aproveitamento dos recursos estratégicos, como o hidrogênio verde, que pode beneficiar parte do Brasil internamente e impulsionar a economia", afirmou.
Ela também destacou que, com a regulamentação do mercado de carbono no Brasil, o país tem a chance de se tornar uma referência global em ações de descarbonização, criando soluções que integrem preservação ambiental, inovação e crescimento econômico.
A energia solar também fará parte da discussão. Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), destaca a importância da transição energética para o Brasil.
"O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e aumenta a competitividade dos setores produtivos brasileiros. Esses fatores são cruciais para alavancar a economia nacional e atingir os compromissos ambientais do país", afirmou.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi
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