A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) estima que, com o acordo Mercosul-União Europeia, as exportações do Brasil para o bloco europeu devem ter um aumento de mais de US$ 7 bilhões no curto prazo. O tratado comercial, que teve um avanço nas negociações nesta sexta-feira (6/12), vai eliminar as tarifas de acesso aos mercados europeus para 97% dos bens industriais e para 77% dos bens agrícolas do Mercosul, em 10 anos.
A estratégia abrange 242 linhas tarifárias da União Europeia e cerca de US$ 109,8 bilhões das importações anuais do bloco. “O acordo entre o Mercosul e a União Europeia envolve 25% da economia global e 780 milhões de pessoas. É um acordo estratégico”, comentou o presidente da agência, Jorge Viana.
Ele destacou a importância histórica do pacto, cujas negociações duraram 25 anos. “Graças a esse esforço, o Brasil poderá aproveitar as mais de 1.800 oportunidades de curto prazo para o bloco que a ApexBrasil mapeou, com destaque para uma ampla gama de produtos, como café, milho, suco de laranja, mel natural, aviões, calçados, móveis de madeira, entre muitos outros”, acrescentou.
Com uma corrente de comércio de mais de R$ 90 bilhões no ano passado, a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Entre 2003 e 2023, a participação da europeia no comércio internacional do brasileiro caiu de 23% para 13,6%, o que se explica pelo aumento do comércio com o Leste Asiático, sobretudo com a China, principal parceiro comercial no país.
- Leia também: O que é o acordo Mercosul-UE e por que aprová-lo na Europa é tão importante para o Brasil
Para Igor Celeste, gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, além da retomada da presença dos mercados do bloco na pauta exportadora, o acordo é estratégico para uma retomada da importância desse comércio bilateral. Atualmente, a pauta exportadora brasileira está concentrada em commodities, como petróleo, café e soja. A expectativa é de que o tratado possa diversificar e aumentar o valor agregado das exportações.
“Os 242 produtos que serão desagravados imediatamente ou em 4 anos representam hoje US$ 3,5 bilhões e 3,2% das importações européias selecionadas. Se alcançarmos 10% de participação, o que é viável dada a desgravação, estamos falando em US$ 7 bilhões em curtíssimo prazo”, projetou.
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