Atividade econômica

Fazenda deve revisar projeção do PIB de 2024 acima de 3,3%

Após a divulgação dos dados do PIB do terceiro trimestre, que apresentou crescimento de 0,9%, a pasta avaliou que a economia seguiu com "ritmo robusto" de expansão, acima da expectativa da pasta

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda avaliou que a economia seguiu com "ritmo robusto" de expansão no terceiro trimestre deste ano e afirmou que deve revisar sua projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) deste ano, atualmente em 3,3%.

De acordo com os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3/12), o indicador apresentou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre, acima da expectativa da pasta.

Em nota, o órgão destacou que o dado foi superior à projeção exibida no Boletim Macrofiscal de novembro. “Dessa maneira, a projeção do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024, atualmente em 3,3%, deverá ser revisada para cima, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços”, informou. 

Os resultados observados, de acordo com a secretaria, mostraram que a economia brasileira segue crescendo, mesmo com menores impulsos fiscais, “impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos. Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”. 

O indicador perdeu fôlego, contudo, em comparação ao trimestre anterior, quando havia registrado expansão de 1,4%. A SPE avaliou ainda que a atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem. 

"A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos. Ainda assim, impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o consumo das famílias." 

Para 2025, a Fazenda destaca a boa perspectiva para setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa. “O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais”, completou. 

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