Consumo

Confiança do consumidor recua e atinge menor nível desde junho, aponta FGV

Índice medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve queda de 3,6 pontos em dezembro

De acordo com o FGV/Ibre, a queda da confiança foi influenciada principalmente pela deterioração das expectativas em relação aos próximos meses, com queda menos expressiva no indicador que mede as avaliações sobre o momento atual -  (crédito: Mapa/Divulgação )
De acordo com o FGV/Ibre, a queda da confiança foi influenciada principalmente pela deterioração das expectativas em relação aos próximos meses, com queda menos expressiva no indicador que mede as avaliações sobre o momento atual - (crédito: Mapa/Divulgação )

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 3,6 pontos em dezembro e atingiu 92 pontos, o menor nível desde o último mês de junho. Na média móvel trimestral, o indicador recuou 0,6 ponto, para 93,5 pontos. O índice medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) varia de 0 a 200 pontos (de 0 a 100, confiança baixa; e de 100 a 200, confiança alta).

De acordo com o FGV/Ibre, a queda da confiança foi influenciada principalmente pela deterioração das expectativas em relação aos próximos meses, com queda menos expressiva no indicador que mede as avaliações sobre o momento atual.

O índice que mede as expectativas para o futuro teve queda de 4,9 pontos e recuou para 98,5 pontos, também alcançando o menor nível desde junho. Já o Índice da Situação Atual (ISA) – que mede a percepção dos consumidores sobre o presente – teve uma queda menos acentuada, de 1,4 ponto e caiu para 82,9 pontos, o menor desde setembro.

Para a economista do FGV/Ibre Anna Carolina Gouveia, a queda da confiança dos consumidores no mês foi influenciada, sobretudo, pelas expectativas futuras mais baixas e pela percepção sobre a situação presente, em menor magnitude. Ela explica, ainda, que o resultado também foi disseminado entre as faixas de renda, com destaque para o grupo de renda mais baixa.

“A recente elevação da taxa de juros, somada a focos de pressão inflacionária em itens como alimentos, podem estar contribuindo para aumentar o pessimismo entre os consumidores no último mês de 2024, levando a uma piora das expectativas com a situação financeira nos próximos meses", avalia Gouveia.

Raphael Pati
postado em 20/12/2024 17:20
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