O Banco Central ofertou novamente um valor bilionário de dólar no mercado financeiro em mais um leilão de linha, nesta sexta-feira (20/12). Foram R$ 3 bilhões vendidos entre às 9h15 e 9h20, no horário de Brasília, com a promessa de recompra pela autoridade monetária futuramente. Foi a sétima operação desse tipo desde a semana passada.
A venda de logo surtiu efeitos na taxa de câmbio na abertura do mercado financeiro, com o dólar recuando acima de 1% e atingindo a mínima diária de R$ 6,05. Apesar do movimento repentino, a queda logo perdeu força e por volta das 11h da manhã registrava perdas de 0,98%, a R$ 6,09.
A operação ocorre um dia após a autoridade monetária realizar a maior intervenção cambial desde 1999, ainda na época do ex-presidente Armínio Fraga no comando do Banco Central. Foram ofertados em apenas uma operação o valor de R$ 8 bilhões. Nesta sexta, o BC deve realizar um novo leilão de mais R$ 4 bilhões, completando, assim, o valor de R$ 7 bilhões ofertados em um único dia.
O presidente do banco, Roberto Campos Neto, disse, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, que o BC tem “muita reserva” e “vai atuar quando for necessário”. “É preciso entender que o BC fez adaptações no momento em que tivemos uma situação muito extraordinária, que os modelos, inclusive, tinham dificuldade de caracterizar coisas que a gente olhava com frequência”, disse.