Câmbio

Dólar recua mais de 2% após novo leilão do BC e fecha em R$ 6,12

A moeda norte-americana fechou o dia em queda de 2,32% nesta quinta-feira (19/12)

Antes da venda, a moeda norte-americana chegou a atingir o maior valor nominal da história, em R$ 6,30, mas foi contida pela injeção de divisas no mercado feita pelo BC -  (crédito: Divulgação/Governo Federal)
Antes da venda, a moeda norte-americana chegou a atingir o maior valor nominal da história, em R$ 6,30, mas foi contida pela injeção de divisas no mercado feita pelo BC - (crédito: Divulgação/Governo Federal)

Após bater recorde no dia anterior, o dólar voltou a cair nesta quinta-feira (19/12), após o Banco Central (BC) realizar dois novos leilões no valor de US$ 8 bilhões durante a manhã. O valor do câmbio quase se recuperou totalmente da disparada de ontem e fechou o dia em queda de 2,32%, cotado a R$ 6,12. Antes da venda, a moeda chegou a atingir o maior valor nominal da história, em R$ 6,30, mas foi contida pela injeção de divisas no mercado feita pelo BC.

Apesar da queda forte, o dólar ainda chega ao último dia da semana que antecede o Natal em ritmo de alta. Desde a última segunda-feira (16), o câmbio acumula valorização de 2%. Já no exterior, o dólar registrou movimento contrário à queda ante o real e o Índice DXY, que mede o valor da divisa em relação a outras moedas internacionais, subiu 0,33%

Na avaliação do sócio e economista-chefe da Bluemetrix Asset, Renan Silva, a venda estratégica de dólares ajudou a conter a pressão previamente imposta sobre a taxa de câmbio, além de demonstrar a força da política monetária em momentos de alta volatilidade. “A redução na cotação do dólar pode ser interpretada como um sinal positivo para a estabilidade financeira, embora ainda subsistam preocupações quanto à inflação e ao cenário econômico global”, avalia.

Nos Estados Unidos, foi divulgado ontem (18) o resultado do PIB do 3º trimestre, que avançou 3,1% durante o período, levemente acima do esperado pela média das projeções feitas pelo mercado financeiro, que apostava em um avanço entre 2,8% e 2,9%. O resultado ajudou a valorizar o dólar no mercado internacional, na avaliação do economista.

“As novas informações sobre o PIB dos Estados Unidos, juntamente com a desaceleração do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), também podem impactar a percepção dos investidores sobre o mercado financeiro, uma vez que a performance robusta da economia norte-americana pode afetar o fluxo de capitais e a atratividade do real frente ao dólar”, completa.

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Raphael Pati
postado em 19/12/2024 17:40
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