O dólar iniciou esta quinta-feira (19/12) em alta, mas recuou após uma manhã marcada por intervenções do Banco Central e movimentos no Congresso Nacional. Apesar do leilão à vista de US$ 3 bilhões promovido pelo BC entre 9h15 e 9h20, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 6,30, a maior cotação do dia. No entanto, o patamar não se sustentou, e às 10h59 o dólar comercial era negociado a R$ 6,192, registrando leve queda. Às 10h33, a cotação marcava R$ 6,254.
Enquanto isso, a Bolsa de Valores brasileira opera em alta de 0,5%, ultrapassando os 121 mil pontos, o que demonstra um certo otimismo entre investidores, mesmo com a volatilidade cambial.
A pressão sobre o real segue sendo influenciada pela incerteza fiscal no Brasil. A principal razão para a instabilidade, segundo especialistas, é a desidratação do pacote de ajuste fiscal em discussão no Congresso.
Na noite de ontem (18), os deputados aprovaram mudanças que reduziram o impacto dos cortes de gastos inicialmente previstos. Uma das alterações mais significativas foi a inclusão de uma cláusula que limita o bloqueio de 15% das emendas apenas às verbas não impositivas.
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Embora o leilão do Banco Central tenha ajudado a conter a alta do dólar, a fragilidade do cenário fiscal continua sendo um dos principais fatores de desvalorização do real. Para os próximos dias, o comportamento da moeda deve continuar atrelado à evolução das negociações no Congresso e à postura do Banco Central frente ao câmbio.
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