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Dólar bate novo recorde e fecha a R$ 6,09; leilão do BC não consegue conter alta

Venda de US$ 3 bilhões não foi suficiente para conter alta da divisa norte-americana ao longo do dia

A valorização do câmbio no primeiro dia de operações da semana se deu, principalmente, à depreciação do real em relação a outras divisas -  (crédito: YURI CORTEZ/AFP)
A valorização do câmbio no primeiro dia de operações da semana se deu, principalmente, à depreciação do real em relação a outras divisas - (crédito: YURI CORTEZ/AFP)

Pelo terceiro dia útil consecutivo, o dólar ficou ainda mais caro ao final do pregão no mercado financeiro. Nesta segunda-feira (16/12), o câmbio da moeda norte-americana avançou quase 1% e encerrou o dia cotado a R$ 6,09. A valorização do câmbio no primeiro dia de operações da semana se deu, principalmente, à depreciação do real em relação a outras divisas, visto que o próprio Índice do Dólar (DXY) fechou em queda de 0,14%.

A alta ocorre mesmo após o leilão de US$ 3 bilhões, promovido pelo Banco Central (BC), com compromisso de recompra. A venda tinha como objetivo frear a intensa valorização do dólar no mercado nacional, mas durou pouco tempo. O certame foi realizado entre 10h20 e 10h25 desta segunda-feira (16) e seis propostas foram aceitas pela autoridade monetária.

Pouco antes da venda, o valor do câmbio chegou a US$ 6,09, mas caiu quase que instantaneamente para a mínima do dia, a R$ 6,02. Apesar disso, a divisa seguiu em novo movimento de valorização ao longo da tarde e encerrou o pregão praticamente no mesmo patamar pré-leilão.

Foi a terceira vez em menos de uma semana que o BC interferiu diretamente no valor do câmbio. Na última quinta-feira (12/12), a autoridade monetária vendeu US$ 4 bilhões em dois leilões de linha, enquanto que, no dia seguinte, realizou o primeiro leilão à vista desde o último dia 30 de agosto, no valor de US$ 845 milhões.

Raphael Pati
postado em 16/12/2024 18:55
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