As vendas do comércio brasileiro registraram queda de 0,2% em novembro, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS), publicado nesta quarta-feira (11/12). Apesar disso, na comparação com o mesmo período de 2023, o cenário foi positivo, com aumento de 2,9%.
A pesquisa levanta dados de pequenos, médios e grandes varejistas em operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo, especializada em pagamentos eletrônicos.
Na avaliação do pesquisador econômico e cientista de dados da StoneCo, Matheus Calvelli, o aumento da taxa de juros deve causar uma pressão negativa da inadimplência além de tornar o serviço da dívida mais elevado. “Em contrapartida, o bom momento do mercado de trabalho segue sendo uma força positiva para o consumo”, avalia o especialista.
Por segmentos, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou o maior crescimento do mês, com 3,5%. Na sequência, os tecidos, vestuário e calçados, avançaram 2,8%. Combustíveis e lubrificantes também tiveram uma leve alta de 0,5%, enquanto móveis e eletrodomésticos subiram 0,3%.
O setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico ficou praticamente estável, com um crescimento pouco expressivo de 0,2%. Por outro lado, o setor de material de construção recuou 4,3%, seguido pelo setor de artigos farmacêuticos, com uma queda de 1,5%, e pelo segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, que recuaram 0,3% no período.
No caso do e-commerce, houve uma queda mensal mais acentuada, de 8,8%, enquanto o comércio físico cresceu 1,7%. Já no desempenho anual, o comércio digital
também registrou retração de 8,1%, contrapondo a alta de 3,2% do comércio físico.