Inflação

Carnes e despesas pessoais impulsionam alta do IPCA em novembro

Índice de preços medido pelo IBGE sobe 0,39% no mês e inflação acumulada dos últimos 12 meses chega a 4,87%

Carnes avançaram 8,02% no mês, com destaque para alcatra (9,31%), chão de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%) -  (crédito: Freepik)
Carnes avançaram 8,02% no mês, com destaque para alcatra (9,31%), chão de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%) - (crédito: Freepik)

Com um avanço maior dos grupos de alimentação e bebidas, além das despesas pessoais, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,39% na análise de novembro. O resultado, no entanto, foi menor do que o registrado no mês anterior, quando a inflação oficial cresceu 0,56%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA avançou de 4,76%, em outubro, para 4,87% neste último levantamento nacional. Em 2024, a inflação já acumula 4,29%, em análise que considera os meses de janeiro a novembro. Vale destacar que, na segunda-feira, o Boletim Focus aumentou a projeção para o índice anual, de 4,71% para 4,84%.

Os grupos que registraram o maior aumento nos preços em novembro foram os alimentos e bebidas, que subiram 1,55%, ante alta de 1,06% em outubro, e as despesas pessoais, que avançaram 1,43%. Também tiveram uma inflação maior no último mês os transportes, com um aumento de 0,89%.

No caso da alimentação, os itens que mais pesaram para o resultado de novembro foram o aumento do preço das carnes, de 8,02% no mês, com destaque para alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). Também contribuíram para a inflação dos alimentos, o óleo de soja (11,00%) e o café moído (2,33%).

Vale destaque, ainda, para o aumento no preço das passagens aéreas. O item, relacionado ao grupo de transportes, obteve inflação de 22,65% e contribuiu em 0,13 p.p. no índice geral. Entre as despesas pessoais, o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro, que registrou um aumento de 14,91% nos preços em novembro.

Os demais grupos, no entanto, registraram deflação em novembro. O setor de habitação foi responsável pela maior queda do índice no mês, com um resultado negativo de 1,53%. Completam a lista, os grupos de artigos de residência (-0,31%), comunicação (-0,10%), vestuário (-0,12%), saúde e cuidados pessoais (-0,06%) e educação (-0,04%).

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Raphael Pati
postado em 10/12/2024 16:54 / atualizado em 10/12/2024 16:57
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