Câmbio

Rogério Ceron credita aumento do dólar a "ruídos internos" com pacote fiscal

"As medidas que foram tomadas e que vão ser tomadas ao longo de todo o restante do governo vão dar consistências para que as coisas continuem bem no país", destacou o secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva nesta terça-feira (3/12) -  (crédito: Diogo Zacarias/MF)
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva nesta terça-feira (3/12) - (crédito: Diogo Zacarias/MF)

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, nesta terça-feira (3/12), que a valorização do dólar no mercado nacional é apenas resultado de “ruídos internos” e acredita que, com os agentes e investidores conhecendo mais os projetos enviados pelo governo na semana passada, o dólar deve voltar a ficar estável em um curto prazo.

“O cenário ou pelo menos a expectativa aumentou o risco de ter um cenário com inflação global maior, isso acaba gerando uma precificação de ativos, com uma elevação de risco e isso tem efeito sobre todos. Então, de fato, isso é natural, todas as moedas estão passando por um processo como esse”, disse o Ceron.

O dólar fechou o dia praticamente estável no fim da tarde e permaneceu no patamar de R$ 6,06. Apesar disso, o valor da moeda norte-americana segue alto se comparado à semana passada, quando, no dia 25 de novembro, ainda valia R$ 5,80. “As medidas que foram tomadas e que vão ser tomadas ao longo de todo o restante do governo vão dar consistências para que as coisas continuem bem no país”, acrescentou o secretário.

A fala de Ceron veio durante a coletiva de apresentação do balanço fiscal do Tesouro para o mês de outubro. Nesse período, o governo central registrou superavit de R$ 40,8 bilhões e foi o segundo melhor resultado do mês em toda a série histórica. O secretário explicou que o resultado é fruto do balanço de receitas e despesas extraordinárias, com um ingresso maior de depósitos judiciais, que registraram um saldo de R$ 6,4 bilhões em outubro.

“A grande mensagem é que esse pacote (fiscal) interessa a alguma parte do problema, não se encerra o nosso trabalho ali, assim como nós fizemos em 2024, nós vamos fazer ao longo de 2025 e 2026, adotar todas as medidas necessárias para entregar os resultados prometidos. Isso, do ponto de vista fiscal, é um grande avanço em relação ao que havia de incerteza sobre o assunto”, destacou Ceron.

postado em 03/12/2024 20:31
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