No mês de outubro de 2024, mais de 2,2 milhões de admissões por emprego formal foram registradas no Brasil. Em contrapartida, houve 2,09 milhões de demissões, o que indica saldo positivo de 132 mil novas vagas criadas durante o mês. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (27/9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o resultado é o pior da série histórica para o mês desde 2020 e também o mais fraco em todos os meses de 2024.
No mesmo mês, o setor de serviços foi responsável pela criação de 71 mil novas vagas de emprego formal, enquanto comércio e indústria também registraram saldos positivos, de 44 mil e 23 mil admissões líquidas, respectivamente. Já os setores da agropecuária (-5,7 mil) e de construção (-767) encerraram o mês com mais demissões do que contratações.
Por estado, os piores resultados foram observados em Goiás, Mato Grosso e Bahia. Neste último, houve a perda de 579 postos de trabalho — o menor saldo entre todas as unidades da Federação. Já nos dois estados do Centro-Oeste, apesar do saldo negativo, o resultado foi ligeiramente melhor, com o desligamento de 172 trabalhadores no Mato Grosso e 45, em Goiás.
Em contrapartida, dois estados da região Nordeste tiveram o melhor saldo relativo de contratação no mês (o valor leva em consideração a população da UF). Foram estes o Rio Grande do Norte, com variação positiva de 0,53% ante o mesmo mês do ano anterior, e Alagoas, que registrou aumento de 0,74%.
Salário menor
Em outubro, o salário médio real de admissão foi de R$ 2.153, o que representa uma queda em relação ao mês anterior, quando a mediana da renda era de R$ 2.172. Já em relação a outubro de 2023, houve um aumento real de R$ 24,53 (1,15%), o que desconsidera os aspectos sazonais.
O saldo no mês foi maior entre as mulheres, que responderam por mais de 89 mil admissões durante o período, ante 42 mil homens. Sobre a população com deficiência, o saldo foi de 1,2 mil novas vagas no período. Por raça, a maior parte dos postos formais líquidos foram destinados a pardos e, em seguida, brancos, pretos, indígenas e amarelos, respectivamente.
Acumulado do ano
De janeiro a outubro de 2024, o saldo ultrapassou a marca de 2 milhões de novos empregos formais, com a admissão líquida de 2.117.473 cargos em todo o país. O resultado é melhor do que o registrado no mesmo período em 2023, mas ainda menor do que os saldos obtidos em 2021 e 2022, quando o setor se recuperou após um número maior de demissões em 2020 — ano em que houve o início da pandemia da covid-19.
Por setor, os serviços registraram saldo de 1,11 milhões de novos postos formais de trabalho no período de janeiro a outubro, o que representa 52,8% do total de vagas criadas. Todos os outros setores tiveram um número maior de admissões em relação a desligamentos ao longo do ano. Indústria (429 mil), comércio (262 mil), construção (230 mil) e agropecuária (76 mil) completam a lista.
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