Agronegócio

Governo agirá contra boicotes ao agronegócio brasileiro

Nota conjunta do Itamaraty e do Ministério da Agricultura critica posição do CEO do Carrefour e avisa que o Brasil reagirá com firmeza contra "qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros"

O Itamaraty e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) se manifestaram, na noite de terça-feira (26/11), por meio de nota conjunta, em defesa do agronegócio brasileiro. Para os dois ministérios, a posição do CEO Global do Carrefour, Alexandre Bompard, "contém desinformação e ataca a qualidade de produtos brasileiros". O governo promete se manter "vigilante na defesa da imagem do país e da sua produção, em coordenação com o setor privado".

A nota conjunta ressalta a "importância da parceria estratégica, dos fluxos de comércio e dos laços históricos" que o Brasil mantém com o Continente Europeu "de maneira geral e com a França em particular". Mas avisou que reagirá com firmeza contra "qualquer nova campanha que tenha como alvo a imagem de produtos brasileiros, em especial do agronegócio, cujos padrões de excelência ao longo de toda a cadeia produtiva são reconhecidos em todo o mundo".

O Itamaraty e o Mapa reforçaram o papel do Brasil como "protagonista no mercado global de alimentos", posição conquistada "com produtos competitivos, sustentáveis e, sobretudo, de alta qualidade e rigor sanitário".

"Graças a essas características e à capacidade de atender plenamente às exigências e controles sanitários de mais de 160 países, incluindo os rigorosos controles da União Europeia, a produção brasileira também superará, como superou no passado, as atuais manifestações protecionistas baseadas em campanhas generalizadas sem qualquer base nos fatos e no sistemático ataque à imagem de produtos concorrentes", informaram os dois órgãos.

"O governo brasileiro espera que as empresas que anunciaram boicotes a produtos brasileiros revertam essas decisões infundadas e que todos os atores que tenham contribuído para essa campanha de desinformação tenham presentes as consequências negativas de seus atos e levem em conta o grave impacto que poderão ter para as suas relações com o Brasil, que devem permanecer mutuamente benéficas e sempre pautadas pelo respeito e pela lealdade", conclui a nota.

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