FINANÇAS

Decisão do governo sobre corte de gastos fica para a próxima semana

Decisão contraria a vontade de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que havia confirmado a conclusão do acordo ainda nesta semana

A equipe econômica preparou um cardápio de áreas que podem sofrer com os cortes, mas cabe a Lula bater o martelo -  (crédito: Ricardo Stuckert / PR)
A equipe econômica preparou um cardápio de áreas que podem sofrer com os cortes, mas cabe a Lula bater o martelo - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

A sexta-feira (8/11) chegou ao fim sem uma definição sobre o corte de gastos do governo federal. Após três reuniões entre os ministros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nenhum acordo foi fechado. Durante toda a semana, o assunto foi prioritário ao governo federal.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o primeiro a deixar o encontro para ir à Base Aérea, de onde parte para São Paulo. Na última segunda-feira (4/11), ele havia dito que a expectativa era concluir o acordo até quinta (7), o que não ocorreu.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também vai para a viagem a SP. Além deles, a ministra Esther Dweck, de Gestão e Inovação, também estava no encontro e faz parte da Junta Econômica do governo. Os três estão desde o início da semana reunidos com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tratar do assunto.

Os ministros das pastas que devem ter benefícios restritos também estavam no Planalto - Nísia Trindade, da Saúde, e Camilo Santana, da Educação. O Advogado-Geral de União, Jorge Messias, também estava no encontro.

A equipe econômica preparou um cardápio de áreas que podem sofrer com os cortes, mas cabe a Lula bater o martelo. Durante as discussões, porém, ministros resistiram ao aperto nas respectivas pastas. O corte deve afetar os ministérios da Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, Previdência e Desenvolvimento Social.

Uma das possibilidades é vincular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ao arcabouço fiscal, que limita o crescimento das despesas a 2,5% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Outra é fazer cortes no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), e limitar os pisos constitucionais da Saúde e da Educação.

postado em 08/11/2024 19:12
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