O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou uma alta de 1,54% em outubro, acelerando em comparação com o avanço de 1,03% observado em setembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6/11) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o desempenho de outubro, o IGP-DI acumula um aumento de 4,70% no ano. Em 12 meses, o indicador registra uma alta de 5,91%, refletindo pressões inflacionárias em diversos segmentos da economia brasileira.
Entre os componentes do IGP-DI, o destaque foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI), que representa o atacado e teve uma elevação expressiva de 2,01% em outubro, frente a 1,20% no mês anterior. Esse componente é diretamente influenciado pelos preços de matérias-primas e produtos intermediários, que tendem a repassar aumentos para os consumidores em fases subsequentes.
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O Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna (IPC-DI), que reflete a variação de preços no varejo, apresentou alta mais moderada, com uma variação de 0,30% em outubro, desacelerando em relação ao avanço de 0,63% registrado em setembro. Esse indicador é uma medida importante para avaliar a inflação percebida diretamente pelos consumidores.
Os dados da FGV apontam também que o Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna (INCC-DI), que mede o impacto dos preços no setor da construção civil, subiu 0,68% em outubro, após registrar uma alta de 0,58% em setembro. O segmento da construção continua sentindo os efeitos dos preços elevados de insumos e mão de obra, impactando o custo final das obras.
A coleta de preços que compõem o IGP-DI foi realizada pela FGV entre os dias 1º e 31 de outubro. O índice serve como um termômetro das pressões inflacionárias no Brasil, com impacto direto sobre as decisões de consumidores, empresas e formuladores de política econômica.
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