O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (6/11) que o dia “amanheceu mais tenso” com a vitória do candidato republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. Apesar do cenário de apreensão, o chefe da equipe econômica ponderou que há uma diferença entre os discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia.
“Na campanha foram dias de muitas coisas que causam apreensão no Brasil, no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu mais tenso no mundo, em função do que foi dito na campanha”, apontou Haddad.
Para ele, o discurso de Trump após a vitória já tem se mostrado mais moderado. “Mas, entre o que foi dito e o que vai ser feito, nós sabemos que isso já aconteceu no passado, as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas. E o discurso pós-vitória oficiosa, após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado que o da campanha”, afirmou.
“Nós temos que aguardar um pouquinho e cuidar da nossa casa, cuidar do Brasil, cuidar das finanças, cuidar da economia, para ser o menos afetado possível por qualquer que seja o cenário externo”, continuou o ministro.
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Haddad destacou ainda que o cenário externo já vem sendo desafiador economicamente há alguns meses, mas afirmou que é difícil precificar o impacto político da vitória de Trump no Brasil. “Existe um fenômeno de extrema direita no mundo crescente, isso todos os analistas políticos estão dizendo, mas isso não é de agora, vem acontecendo desde 2016. O importante é a democracia continuar resistindo”, concluiu.
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