O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (4/11) que não vê uma mudança significativa com a chegada do atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, na condução das políticas de modernização de pagamento implementadas nos últimos anos pela Autoridade Monetária, como o Pix, Open Finance e Drex, que está previsto para ser implementado em 2025.
“Eu não vejo esse movimento sendo interrompido. Acho que é um movimento que faz parte do Banco Central, vai continuar, tenho certeza que o Gabriel (Galípolo) vai ter ideias ao longo de sua gestão e vai imprimir suas ideias, mas eu acho que isso está dado e a gente vai inovar, e eu vejo cada vez mais dentro desse processo de autonomia, a gente empoderando mais as equipes do BC”, afirmou o presidente do BC, em um evento promovido pelo Google sobre o lançamento do Pix por aproximação.
Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último mês de setembro para a presidência do Banco Central. Além de atualmente fazer parte do quadro de diretores da autarquia, o sucessor de Campos Neto já foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, no início do governo Lula. O novo presidente do BC assume o cargo em janeiro de 2025.
Na avaliação de Campos Neto, é uma tendência natural que cada gestor leve à frente o próprio ritmo de direcionamento no comando da autarquia. “No Banco Central, você pega o bastão e aí você corre, corre, corre, entrega o bastão para o próximo e torce para ele correr mais rápido que você. Então, nesse movimento de inovação, é especialmente importante que o próximo corra mais que você”, disse.