Mesmo com uma agenda esvaziada entre as autoridades e sem divulgação de índices, o dólar voltou a subir mais forte no pregão desta sexta-feira (25/10). Desde o início das operações, o câmbio da moeda norte-americana permaneceu em um patamar acima do valor de fechamento do dia anterior. Durante a tarde, o dólar comercial bateu R$ 5,70 e manteve a cotação até o encerramento, com um avanço de 0,73% ao final do dia. É o maior valor de fechamento da moeda desde o último mês de agosto.
Com isso, o dólar registrou avanço de 0,31% nos últimos cinco dias e fechou em alta pela quarta semana consecutiva, na avaliação semanal. Em outubro, a moeda norte-americana já acumula valorização de 4,26% ante o real, que mantém uma das piores performances entre as moedas de países emergentes. O Índice DXY, que monitora a força do dólar em relação às principais moedas do mundo, registrou avanço de 0,29% ao final do pregão.
Na avaliação do CEO do Transferbank, Luiz Felipe Bazzo, a escalada agressiva do dólar é uma resposta ao cenário internacional. De acordo com o especialista, há um temor do mercado em relação a uma possível volta da inflação nos EUA caso Donald Trump saia vencedor nas eleições marcadas para o próximo dia 5 de novembro.
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O candidato republicano prega um crescimento mais robusto da economia dos EUA, com mais tarifas de importação sobre os produtos estrangeiros, o que, consequentemente, impulsiona a alta de preços. “Consequentemente, haveria taxas de juros mais elevadas no caso de ele ganhar a eleição. Isso afasta investidores de bolsas emergentes, como o Brasil”, avalia o especialista.
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3), por sua vez, encerrou em leve queda de 0,13%, mesmo com os resultados positivos das commodities, que levaram a um avanço nas ações da Petrobras (PETR4) (0,69%) e da Vale (VALE3) (3,40%). As taxas de DI, que representam a média das taxas de juros praticadas nas operações de empréstimo entre instituições financeiras, ajudaram a elevar o resultado da bolsa no último dia da semana.
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