O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou nesta sexta-feira (18/10) a intervenção imediata do governo federal na concessão da Enel Distribuição São Paulo. A representação do subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado, esse é o caminho para “assegurar a adequação na prestação do serviço”.
Em caso de decisão favorável, a corte poderá determinar que o Executivo edite um decreto de intervenção. “O caso vertente já deu demonstrações de sobra da necessidade de intervenção”, destaca a representação.
“A falha no serviço e a demora excessiva do retorno à normalidade, acima de qualquer expectativa razoável, já se tornou pública e notória. A situação vivida pelos consumidores da região metropolitana da cidade de São Paulo converteu-se em verdadeiro escândalo”, aponta Furtado.
De acordo com o subprocurador-geral, houve a "demonstração de hesitação" pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao "declarar que o Ministério carece de fundamentação técnica para considerar a intervenção ou a caducidade da concessão".
Na última quarta-feira (16), Silveira afirmou que o governo não pode tomar medidas em relação à concessão até que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciasse o devido processo administrativo legal.
Foi protocolada ainda uma nova representação do MP ao TCU, recomendando que seria cabível a aplicação pelo Tribunal da sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar contra a Enel.
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