O dólar perdeu força na reta final do pregão nesta quinta-feira (17/10), com uma leve queda de 0,06%, e fechou cotado a R$ 5,66, refletindo um cenário de atenção redobrada ao ambiente fiscal brasileiro. Já o Ibovespa interrompeu a sequência de três altas consecutivas, caindo 0,73%, aos 130.793,41 pontos. A bolsa cedeu à pressão do tombo do minério de ferro na China, a despeito do avanço de Wall Street.
Durante esta quinta-feira, o mercado se manteve cauteloso diante das incertezas em relação à trajetória fiscal doméstica, com os investidores monitorando de perto os desdobramentos das políticas econômicas do governo e as possibilidades de cortes na taxa Selic.
Outro fator relevante foi o impacto internacional das recentes medidas da China. O mercado global sofreu um baque com o tombo de quase 6% no preço do minério de ferro, após uma série de estímulos econômicos anunciados pelo governo chinês que ficaram aquém das expectativas dos investidores. A desaceleração na demanda por commodities afeta diretamente países emergentes, como o Brasil, pressionando as moedas locais.
O real foi uma das moedas emergentes que sentiram o impacto dessa queda, mas conseguiu se recuperar no final do dia devido ao enfraquecimento global do dólar. A combinação de questões fiscais internas e a influência do mercado externo chinês criou um ambiente de volatilidade, que foi suavizado no fechamento do pregão, permitindo ao real uma leve recuperação.