O secretário do Tesouro Nacional (STN), Rogério Ceron, comemorou a revisão da nota de crédito do Brasil pela agência de risco Moody’s, de Ba2 para Ba1. A posição coloca o país a um passo do "grau de investimento", que é uma colocação que indica que o país é bom pagador e não tem o risco de dar calote nos credores.
Apesar disso, o representante da Fazenda acredita que o Brasil já poderia estar em uma posição superior ao lugar que foi indicado pelas agências. Em outras duas avaliações — da Fitch Ratings e da Standard & Poor’s (S&P) 500 — o país ainda está a dois passos do grau de investimento.
“Vejo muita pouca discussão em relação à metodologia que essas agências utilizam. Qual o indicador que não está compatível com a nota que nós temos? Então, o debate acaba ficando um pouco superficial, porque vira uma opinião pessoal”, indagou o secretário durante coletiva de apresentação dos Resultados do Tesouro Nacional de agosto.
Na avaliação de Ceron, “pela metodologia da maior parte dessas agências, nós já poderíamos ter grau de investimento”.
“Nós temos algumas penalizações qualitativas que seguram a nossa nota quantitativa, em função de algumas incertezas e riscos. Então, é preciso fazer um debate um pouco mais técnico e concentrado sobre isso”, complementou.
Apesar de questionar os critérios utilizados, o secretário destacou que é preciso comemorar o avanço da nota e reforçou que o país receberá grau de investimento até o fim de 2026, o que representaria, segundo ele, o “grande legado” para a política fiscal.
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