Em Washington, para um encontro de líderes da política fiscal e monetária de países do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que é preciso repensar as estratégias para fortalecer o arcabouço fiscal, em meio a incertezas e críticas sobre o controle de gastos pelo governo federal.
“Quando a gente lançou (o arcabouço), aquilo ancorou durante muito tempo. Depois, piorou o cenário interno, tivemos problemas internos, também, que se associaram ao cenário externo mais desafiador, e estamos agora tendo que repensar essa estratégia para fortalecer o arcabouço fiscal”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (23/10).
Mais cedo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um comunicado com projeções negativas para a trajetória da relação Dívida-PIB nos próximos anos. De acordo com a estimativa da organização, o peso da dívida deve saltar mais de 10 pontos percentuais até 2030. O FMI ainda considera que há pouca chance de o governo entregar superavit primário antes de 2027.
Haddad comentou que não acredita na projeção e defendeu a atuação do governo para conter os riscos fiscais. “Do mesmo jeito que eles reviram uma projeção que estava manifestamente errada, nós temos que cuidar para que essas projeções não se realizem. Agora, eu não acredito nessa trajetória”, acrescentou.
O ministro da Fazenda preferiu, mais uma vez, não adiantar se o governo planeja um corte de gastos ainda em 2024. A decisão deve ficar para o período após o retorno dele ao Brasil, quando deve se encontrar com outros ministros, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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