Apagão em SP

Com 36 mil imóveis ainda sem luz, presidente da Enel anuncia fim da crise

Executivo minimiza o número de clientes sem energia e diz que está dentro da normalidade da operação da empresa. Companhia pede modernização de contrato de concessão para enfrentar crise climática

Lencastre:
Lencastre: "Continuamos com nossa força-tarefa mobilizada no campo, priorizando os casos de falta de energia mais antigos" - (crédito: Reprodução/ Youtube)

O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, anunciou nesta quinta-feira (17/10) o fim da crise causada pelo temporal que afetou 3,1 milhões de clientes na Grande São Paulo na última sexta-feira (11). No entanto, cerca de 36 mil clientes da companhia ainda estão sem fornecimento de energia elétrica em toda a região metropolitana.

Em coletiva de imprensa, o executivo minimizou o número e afirmou que está dentro da normalidade da operação da empresa. “Estamos com 36 mil clientes sem energia, o que significa uma operação muito próxima da normalidade. Temos 8,2 milhões de clientes e, numa operação regular, esse número oscila em torno de 36 mil. Continuamos com nossa força-tarefa mobilizada no campo, priorizando os casos mais antigos”, declarou. 

Inicialmente, a Enel havia informado que 2,1 milhões clientes tiveram o serviço interrompido, porém o presidente agora corrigiu o número para 3,1 milhões. Segundo Lencastre, o apagão do dia 11 foi o evento mais grave enfrentado pela empresa desde 1995.

Diante da pressão pública, o presidente anunciou que a empresa irá investir R$ 6 bilhões em melhorias nos próximos anos e reafirmou o compromisso com o Brasil e também na contratação de 1,2 mil novos eletricistas.

Lencastre lamentou o ocorrido e afirmou que é preciso haver modernização de contrato para enfrentar a crise climática. “Os eventos climáticos não estão previstos no nosso contrato, a gente acredita que a modernização do contrato é importante para uma melhoria de qualidade e é preciso colocar essas melhorias nos contratos”, frisou.

Sobre o serviço de fortalecimento da rede, ele ponderou que redes subterrâneas são difíceis de instalar e custam 10 vezes mais do que a fiação aérea. A companhia se comprometeu a continuar com a atual mobilização das equipes para atuar nos próximos dias, quando há previsão de um novo temporal.

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postado em 17/10/2024 10:33 / atualizado em 17/10/2024 10:38
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