O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (9/10) que o crescimento da inflação registrado no mês de setembro é temporário e culpou a seca pelo fato. O chefe da equipe econômica afirmou ainda que o Banco Central precisa ter cautela ao definir a taxa básica de juros da economia (Selic) e que a alta dos juros não reverte o impacto da estiagem.
"A gente está com essa questão da seca. Você vê o dado de hoje do IPCA, ele demonstra claramente que os núcleos estão bem comportados, mas que a seca está afetando dois preços importantes, energia e alimentos. Isso não tem a ver com juro, juro não faz chover", disse a jornalistas.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado, divulgado nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a inflação do país acelerou para 0,44%. Os maiores impactos sobre o índice foram o preço da energia, que teve alta pela mudança da bandeira tarifária e o preço dos alimentos.
Segundo o ministro, a alta dos preços em setembro está relacionada com um “choque de oferta”, o que teria gerado pressões inflacionárias momentâneas. “É temporário, não é uma coisa que vai se estender no tempo. Daqui a pouco a chuva chega, e as coisas voltam ao normal, os preços voltam ao normal”, airmou.
“Mas isso tem que ser analisado [pelo Banco Central] com a devida cautela, para não tomar uma decisão equivocada em função de uma questão climática temporária, não é permanente”, acrescentou Haddad.
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