Na primeira metade de 2024, os ativos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) alcançaram a marca de R$ 1,3 trilhão, o que representa 11,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (9/10) pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O levantamento ainda mostra que mais de 3 milhões de pessoas são participantes ativos nesse sistema, com 4,1 milhões de dependentes e 867 mil assistidos. No primeiro semestre, os planos família tiveram um crescimento de 34% no patrimônio total e já somam 132 mil beneficiários, além de R$ 2,1 bilhões em ativos até o mês de junho.
Para o presidente da Abrapp, Jarbas Antonio de Biagi, a expansão do acesso aos planos família têm aumentado a democratização da previdência complementar no país. “Estamos não apenas garantindo a sustentabilidade financeira dessas entidades, mas também proporcionando a mais brasileiros a oportunidade de construir um futuro mais seguro”, avalia.
No geral, a carteira de todas as EFPCs tiveram um retorno de 2,83% no primeiro semestre de 2024. Nesse contexto, a renda fixa representa a maior parte dos ativos, com 81,4%, e que na primeira metade do ano cresceram 3,84%. Por outro lado, a renda variável apresentou queda de 5,52%, fruto de um aumento da volatilidade, como avalia o setor. Essa modalidade representa 10,4% dos ativos de previdência complementar.
Proposta ao BNDES
Com a ideia de gerar mais rentabilidade e segurança para a atração de novos beneficiários, a associação negocia com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma proposta que envolve a garantia de rentabilidade mínima em debêntures ligadas ao ramo da infraestrutura.
De acordo com o presidente, as conversas com o banco ainda estão em estágio inicial e a discussão deve se aprofundar por tempo indeterminado. Por hora, o setor articula com a instituição pública um modelo específico de investimentos em fundos de pensão para o Rio Grande do Sul, atingido pela tragédia que devastou grande parte do estado em maio de 2024.
“Seriam debêntures que teriam a garantia do BNDES para a hipótese de rentabilidade de sinistro pós-performativo. Caso não performasse, teria a garantia de rentabilidade semelhante ao título público e, se sinistrasse, teria a mesma garantia de remuneração”, explica o presidente.
Também não há confirmação sobre a aceitação dessa proposta, que segue em negociação com o BNDES. “Nos parece que essa operação é uma operação literária com a mesma segurança de um título público e para a sociedade a segurança desse investimento”, completa Biagi.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br