Indústria

Criação de empregos e vendas impulsionam setor industrial no Brasil em setembro

PMI Industrial, divulgado pela S&P Global, mostra que país se recuperou no último mês, atingindo 53,2 em setembro, após ter desacelerado para 50,4 em agosto

O custo dos insumos para a fabricação e os preços dos produtos finais continuam em alta e sobem em ritmo mais elevado do que em outros anos -  (crédito: CNI/José Paulo Lacerda )
O custo dos insumos para a fabricação e os preços dos produtos finais continuam em alta e sobem em ritmo mais elevado do que em outros anos - (crédito: CNI/José Paulo Lacerda )

Com o aumento da geração de empregos, da produção e do número de vendas, o PMI industrial do Brasil atingiu 53,2 em setembro, após ter desacelerado para 50,4 em agosto. A análise, conduzida pela Standard & Poor's (S&P) Global, considera que as pressões sobre os fornecedores se intensificaram, com alongamento dos prazos de entrega, que chegaram ao maior nível em mais de dois anos, ao mesmo tempo em que as empresas aumentam o estoque de matéria-prima.

De acordo com a S&P, também há pressões sobre os preços, que historicamente são altos. Nesse contexto, o custo dos insumos para a fabricação e os preços dos produtos finais continuam em alta e sobem em ritmo mais elevado do que em outros anos. Vale destacar que, mesmo com a alta em setembro, o resultado negativo em agosto fez com que a média do terceiro trimestre atingisse o nível mais baixo no ano.

Com o resultado de setembro, foi registrado o oitavo aumento na produção fabril em nove meses. A única queda foi observada em agosto. Entre os destaques apontados pelas próprias empresas durante este período, estão o crescimento do número de vendas, além de uma tendência mais positiva pelo lado da demanda.

Na avaliação da diretora da S&P, Pollyana de Lima, um fator importante para a melhoria das condições para o setor no Brasil em setembro foi o aumento do número de vendas, principalmente de bens de capital, que apresentaram uma queda mais forte em agosto.

Ela destaca, ainda, que mesmo com o investimento maior na compra de insumos durante o mês, os benefícios da depreciação do real no período podem não compensar totalmente os custos com a produção.

"Apesar desses desafios, o sentimento positivo dos negócios e o aumento das contratações entre os fabricantes sugerem que o crescimento da produção deve continuar nos próximos meses, indicando resiliência no setor”, acrescenta.

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postado em 01/10/2024 12:45 / atualizado em 01/10/2024 12:51
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