O Banco Central informou, nesta quarta-feira (25/9), que o Brasil registrou um deficit em transações correntes de US$ 6,6 bilhões em agosto. Esse valor supera o saldo negativo de US$ 5,162 bilhões registrado no mês anterior. O resultado também ultrapassou as projeções do mercado, que esperava um deficit de US$ 5,25 bilhões, conforme o consenso LSEG de analistas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, o deficit em transações correntes de agosto de 2023 foi significativamente menor, totalizando apenas US$ 969 milhões, o que acentua a diferença no desempenho das contas externas brasileiras ao longo do último ano.
Em agosto, o saldo comercial brasileiro somou US$ 4,0 bilhões, enquanto o deficit em serviços subiu para US$ 4,7 bilhões e o deficit em renda primária caiu para US$ 6,2 bilhões. O superavit em renda secundária manteve-se praticamente inalterado, em US$ 259 milhões.
As transações correntes englobam todas as entradas e saídas de divisas relacionadas a comércio de bens e serviços, além de transferências de rendas e pagamentos de juros. O resultado negativo em agosto reflete a pressão sobre a balança de pagamentos do país, em meio a um cenário internacional desafiador, com a inflação global e as incertezas sobre a economia americana influenciando os fluxos de capitais.