CB.Agro

A participação feminina no agro é essencial, diz diretora da Embrapa

Ana Euler falou em entrevista ao Correio sobre os desafios da atuação das mulheres no agronegócio brasileiro. "O agro ainda é um setor majoritariamente masculino, mas isso vem mudando", destacou

A participação das mulheres no agronegócio brasileiro é essencial e está em crescimento, apesar do setor ainda ser dominado por homens. Quem diz é Ana Euler, diretora de negócios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que participou do CB.Agro desta sexta-feira (20/9). O programa é uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.

Ana destacou a importância de se ter mulheres em cargos de liderança no setor para futuras gerações, em conversa com os jornalistas Vinicius Dória e Roberto Fonseca. “O agro ainda é um setor majoritariamente masculino, mas isso vem mudando. Eu acho que vem mudando dentro do próprio espírito corporativo das federações e das associações. Além das duas ministras do agro que já tivemos (Tereza Cristina e Kátia Abreu), acho que também é importante dizer que, depois de 100 anos, também tivemos uma mulher presidente da sociedade rural brasileira, que inclusive é conselheira da Embrapa, a Tereza Vendramini. Ela que é uma produtora rural, pecuarista e que muito nos inspira.” 

Assista ao programa na íntegra

 

Sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no setor, Ana defende que, embora eles sejam muitos, podem ser superados com mais oportunidades e qualificação. Para a especialista, apenas uma atuação conjunta entre homens e mulheres reduziria essas dificuldades.

Homens como parte da solução

“Às vezes, pode-se pensar que para trabalhar com mulher precisa-se ser mulher ou que simplesmente ser mulher já é o suficiente para ter capacidades e ferramentas para promover melhores condições e oportunidades nas cadeias produtivas, mas não necessariamente. Todos nós precisamos entender esse viés de gênero e estar qualificado para interagir em qualquer um dos setores. (...) Os homens necessariamente precisam ser parte da solução porque o desafio da equidade de gênero não é um desafio só das mulheres, é um desafio de toda a sociedade. Uma sociedade mais justa, mais equilibrada é melhor para todo mundo”, frisou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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