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Ibovespa fecha 3º trimestre de 2024 no azul e ouro lidera rentabilidade

Índice da B3 fechou o período entre julho e setembro em alta de 6,38% e só ficou atrás do ouro e do Índice de Dividendos (IDIV) no nível de rentabilidade entre aplicações

ibovespa -  (crédito: Divulgação/Semtran RJ)
ibovespa - (crédito: Divulgação/Semtran RJ)

O terceiro trimestre chegou ao fim para as operações do mercado financeiro, com o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) voltando a apresentar melhores performances em relação a outras aplicações. Nesse período, a bolsa registrou alta de 6,38% e foi considerada a terceira aplicação com a maior rentabilidade para o período, mesmo perdendo 0,69% no fechamento desta segunda-feira (30/9). O Ibovespa fechou o terceiro trimestre de 2024 aos 131.816 pontos.

Acima da bolsa, apenas o ouro e o Índice de Dividendos (IDIV) tiveram rentabilidades maiores durante o período, entre as aplicações do mercado. O metal apresentou uma valorização de 13,22%, enquanto que o IDIV subiu 7,93%. Apenas dois fecharam o trimestre no vermelho: o dólar Ptax, que recuou 1,99%, e o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), com queda de 1,24%. Os dados foram levantados pela Elos Ayta Consultoria.

No início do trimestre, a bolsa brasileira ainda amargava sucessivas quedas, alinhado com a desvalorização do real, que chegou a atingir R$ 5,75 no início de agosto. Na avaliação do sócio da Cash Wise Investimentos, Victor Souza, os investimentos eram impactados pela sensação de incerteza em relação ao cumprimento da meta fiscal, o que foi sendo amenizado ao longo dos últimos três meses, após o governo fazer sinalizações de que estaria comprometido em cumprir o que foi definido pelo arcabouço, aprovado no ano passado.

“Junto disso, os dados de inflação americana vieram bons, para mostrar que ia cair os juros lá, então essa consolidação dos últimos três meses, da bolsa subindo, é uma resposta aos juros americanos, principalmente, e de junho para julho, uma sinalização que o governo ia tentar buscar a meta fiscal”, avalia o especialista.

Apesar do período de recuperação, o analista acredita que as tendências não são positivas para o Ibovespa, em virtude do novo aumento da taxa de juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). “Qual é a perspectiva para os próximos três meses e para o fechamento do ano? Tudo depende da sinalização da inflação aqui no Brasil e da sinalização do Banco Central nos Estados Unidos, dependendo da velocidade de queda dos juros”, destaca.

“Se a inflação aqui no Brasil se mostrar controlada e o Banco Central não precisar subir mais tanto os juros, a nossa bolsa tende a ir para cima, bem como a inflação mais controlada nos Estados Unidos, com essa queda de meio ponto percentual. Se tender a continuar essa queda, também há tendência de bolsa para cima”, acrescenta o analista.

Enquanto o Ibovespa subiu, o dólar acumulou queda neste último trimestre, quando apresentou desvalorização de 2,53% no período. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana subiu 0,19%, sendo negociada a R$ 5,44. Para o especialista em Economia pela BMJ Consultores Associados Guilherme Gomes, com a queda dos juros nos EUA e o aumento da Selic no Brasil, pode haver uma entrada maior de dólares no país, reduzindo o valor do câmbio.

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postado em 30/09/2024 21:38
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