Durante evento sobre hidrogênio verde no Correio Braziliense nesta quinta-feira (26/09) a presidente da Associação Brasileira de Crédito de Carbono e Metano (Abcarbon), Rita Ferrão, explica que o Brasil ainda enfrenta os desafios de falta de tecnologia para a produção do chamado “combustível do futuro” .
Ainda assim, Rita pontua que o Brasil possui a vantagem de ter uma natureza que favorece as transições energéticas. “O Brasil tem uma posição única, mediante ao mundo, graças a nossa matriz energética, que a gente pode gerar o hidrogênio verde que possa reduzir realmente o impacto ambiental”, diz.
De acordo com a presidente, é preciso um momento de “descarbonização” da produção de energia no Brasil. Rita esclarece que, ao colocar perspectiva, o hidrogênio verde produz uma quantidade de carbono muito inferior ao hidrogênio comum. “O hidrogênio gerado com combustível fóssil emite 11kg de carbono a cada 5kg de hidrogênio produzido. Já o hidrogênio verde produz 2kg de carbono a cada 5kg. Uma diferença muito grande”, comenta.
Além disso, a presidente explica as diferenças entre os tipos de hidrogênios gerados dependendo dos tipos de combustíveis usados. Divididos em quatro cores diferentes, existe o hidrogênio cinza, que é obtido a partir da queima de combustíveis fósseis, o hidrogênio azul, utiliza uma tecnologia para “sequestrar” o carbono que foi liberado, o hidrogênio verde, utiliza-se da eletrólise da água, e, por fim, o hidrogênio musgo, que é produzido de biomassa e biocombustível.
O evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro" é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e apoio de comunicação do Correio Braziliense.
Assista ao debate:
*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes
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