O CEO da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia, explicou nesta quinta-feira (26/9) que a guerra entre Rússia e Ucrânia impulsionou a procura dos países europeus pelo hidrogênio verde como alternativa ao gás fornecido pela Rússia.
“A gente viu aqui uma timeline que cita 2021, 2022 e 2023. Por que esse tema vem com tração tão forte nesse período? Uma falta absoluta de energia na Europa, com o corte no fornecimento de gás para a Europa, que é absolutamente dependente da Rússia”, comentou Garcia ao discursar no CB Debate.
O evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro" é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e apoio de comunicação do Correio Braziliense.
Garcia destacou que a União Europeia busca substituir suas fontes de energia, especialmente o gás russo, por alternativas renováveis. O plano estratégico do bloco prevê passar de 5% de fontes renováveis para 60% em 2050. O Brasil, por sua vez, tem cerca de 90% da matriz com fontes renováveis.
“O Brasil é procurado. O Brasil é visto. Eu estava no Conselho de Administração da Petrobras na época, quando falaram no Brasil produzir hidrogênio verde e exportar para a Europa. Mas vamos exportar, ou a Europa virá aqui para produzir? Isso é uma das coisas que precisamos avaliar”, disse ainda o CEO da CEB.
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