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Hidrogênio verde como aliado na política do carbono zero

O presidente em exercício da CNI, Jamal Jorge Bittar, avalia como avanço o predomínio das discussões sobre mudanças climáticas em diferentes setores da sociedade

Jamal Jorge Bittar, presidente em exercício da Confederação Indústria da Indústria (CNI) e presidente da Fibra -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
Jamal Jorge Bittar, presidente em exercício da Confederação Indústria da Indústria (CNI) e presidente da Fibra - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

“Anteriormente, falar de meio ambiente ficava restrito aos estudiosos sobre o assunto. Deixamos essa questão para trás por muito tempo, não dávamos valor. Se 20 anos atrás já estivéssemos tratando essa pauta como prioridade, não estaríamos enfrentando as enchentes e esse calor extremo que temos presenciado”, declarou o presidente em exercício da Confederação Indústria da Indústria (CNI) e presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, na palestra magna do evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro", relaizado na manhã desta quinta-feira (26/9), no auditório do Correio.

Jamal apontou a Lei do Hidrogênio, nº 14.948, de 2 de agosto de 2024, como instrumento-chave na viabilização da segurança jurídica e para atrair investimentos "de peso" para os setores públicos e privados. 

Além disso, o Brasil tem como meta reduzir em 37% as emissões de carbono até 2025 e em até 43% até 2030, com relação aos níveis de emissões estimados em 2015 pelo Acordo de Paris. E a produção de hidrogênio, ou H2V, não emite gás carbônico. Isso porque ela é feita por meio da eletrólise da água, uma reação química provocada pela passagem de corrente elétrica. “Esse não é um tema da moda, é um tema definitivo”, destacou Jamal. 

A realidade brasileira ainda está na contramão do cumprimento da meta de redução de CO2. Segundo relatório sobre a Lacuna de Emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançado em novembro de 2023, as emissões de gases do efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022. O aumento bateu um recorde em emissões, alcançando 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e).

Diante deste cenário, o presidente em exercício da CNI ressaltou que a presença da pauta em todos os setores, ligados ou não a causas ambientais, é fundamental para auxiliar na criação de políticas públicas para conter os efeitos do aquecimento global. Com ele, também estiveram presentes o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, o Diretor Executivo de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal (CEF), Jean Rodrigues Benevides, e o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli, para discutir sobre o desenvolvimento sustentável brasileiro.

Carbono Zero

Lançado em 2015, durante a Conferência das Partes (COP 21), o Acordo de Paris foi firmado por 195 países e estabeleceu medidas de redução da emissão de dióxido de carbono a partir de 2020. A meta é compartilhada pela política de Carbono Zero. O conceito surgiu no Protocolo de Kyoto, em 1997, o intuito é neutralizar a emissão de GEE. No Brasil, como ainda não há um programa nacional de Carbono Zero, mais de 150 empresas se uniram para criar políticas que viabilizem neutralizar ou zera as emissões de CO2, equilibrando o quanto é liberado por meio de uma compensação ambiental, feito através do crédito de carbono.

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postado em 26/09/2024 14:10 / atualizado em 26/09/2024 14:28
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