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"Nordeste não quer ser apenas exportador de commodity verde barata", diz diretor do BNB

Aldemir Freire avaliou que o Nordeste vive um momento particular da economia verde e destacou os desafios para a produção do combustível renovável no país

Diretor de Planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) participou do seminário
Diretor de Planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) participou do seminário "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro" - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Incorporar tecnologia nacional à produção de hidrogênio verde é um dos grandes desafios para o desenvolvimento da cadeia do combustível no país. Segundo o diretor de Planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Aldemir Freire, o Brasil não pode se tornar apenas um exportador do gás, visto como um dos protagonistas da transição energética. 

“A gente não quer que o Nordeste apenas financie e seja um produtor de commodities verdes e baratas para o mundo. Incorporar tecnologia nacional na produção é um desafio. Não basta a gente discutir apenas a produção de energia renovável, queremos discutir essa indústria pelo ponto de vista regional”, disse nesta quinta-feira (26/9), em participação no seminário “Hidrogênio Verde: o combustível do futuro”.

Freire avaliou que o Nordeste vive um momento particular da economia verde. “Vivemos mundialmente uma crise climática e há uma necessidade de transição de combustíveis fósseis para combustíveis renováveis, e nós estamos nos preparando para isso.”

Ele destacou as vantagens competitivas da região para se consolidar como grande produtora de hidrogênio verde. “O Nordeste reúne todas as condições para a produção de energia renovável a custos baixos, você tem energia barata e renovável, além de uma localização privilegiada. e estratégica, com uma estrutura portuária como o Complexo do Pacém, com proximidade com a Europa, o leste dos Estados Unidos e o canal do Panamá”, mencionou. 

O executivo apontou ainda que essa é uma indústria que ainda está no “embrião”. “A indústria do hidrogênio verde, ela está sendo criada do zero. Não é só no Nordeste, não é só no Brasil, é uma indústria que está sendo criada no mundo. Os desafios de você desenvolver essa indústria em criação são muito mais significativos do que você desenvolver uma indústria que já teria uma transição”, ponderou. 

O evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro" é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e apoio de comunicação do Correio Braziliense.

O encontro reúne autoridades, entidades do setor produtivo e especialistas, no modelo de debate, para abordar as potencialidades e desafios para a escalada da produção do hidrogênio verde no país, alternativa promissora para a descarbonização da economia e para a transição para uma matriz energética mais sustentável.

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postado em 26/09/2024 12:49 / atualizado em 26/09/2024 12:50
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