CB.DEBATE

Não há desenvolvimento sustentável sem considerar a natureza, diz Benevides

Segundo o diretor executivo de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal, a economia e a sociedade precisam trabalhar orientadas por esse limite

"A ambição da nossa agenda até 2030 é promover a transição justa do Brasil e a cidadania plena a todos os brasileiros", frisou o diretor da Caixa - (crédito: crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O diretor executivo de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica Federal, Jean Rodrigues Benevides, explicou que, com todos os problemas climáticos enfrentados atualmente, não haverá desenvolvimento sustentável sem considerar a natureza como um limite. 

“Estamos vendo justamente o que está acontecendo, não só os problemas de desigualdade social, de guerras, de problemas de acesso aos recursos, acesso aos bens que a gente precisa para sobreviver, mas também todo o problema do clima, do aquecimento global, que está demonstrando que, de fato, se a gente não considerar a natureza como um limite, e que a economia e a sociedade trabalhem orientados por esse limite, a gente não vai ter um desenvolvimento sustentável como pregava essa agenda”, disse nesta quinta-feira (26/9) durante o CB.Debate "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro".


Segundo Benevides, essa preocupação é algo que tem que mover, orientar e fazer com que as empresas e as organizações se planejem com base nesse limite. “Foi isso que orientou a construção da nossa agenda 2030 de sustentabilidade, e ela não poderia não ter uma ambição que conversasse com esses objetivos”, afirmou.

“A ambição da nossa agenda até 2030 é promover a transição justa do Brasil e a cidadania plena a todos os brasileiros na nova economia que a gente quer construir, que é uma economia de baixo carbono”, frisou.

O diretor questionou ainda o motivo pelo qual o termo “transição justa” entrou nessas ambições quando se fala de economia de baixo carbono. Segundo ele, no processo de transição e de expansão dessa nova economia, "quem mais vai sofrer são os países mais pobres e as populações mais carentes, que não vão ter acesso às novas tecnologias que a transição vai exigir, ou elas vão sofrer os maiores impactos dos eventos climáticos extremos".

O evento "Hidrogênio Verde: o combustível do futuro" é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, da Caixa Econômica Federal e do governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e apoio de comunicação do Correio Braziliense.

O encontro reúne autoridades, entidades do setor produtivo e especialistas, no modelo de debate, para abordar as potencialidades e desafios para a escalada da produção do hidrogênio verde no país, alternativa promissora para a descarbonização da economia e para a transição para uma matriz energética mais sustentável.

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postado em 26/09/2024 12:15 / atualizado em 26/09/2024 12:16
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