As vendas no comércio varejista no Brasil voltaram a crescer no mês de julho, após queda no mês anterior. O aumento foi de 0,6%, recuperando parte da perda de 0,9% do mês anterior. No ano, de janeiro a julho, o varejo acumula alta de 5,1%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (12/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, o acumulado dos últimos 12 meses registrou um crescimento de 3,7%. Na comparação com julho de 2023, apresentou um avanço de 4,4%, marcando a 14ª alta consecutiva do setor.
O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, destacou que os cinco primeiros meses do ano tiveram um crescimento significativo, elevando o setor ao maior patamar já registrado na série histórica da PMC, alcançado em maio.“Teve a queda de junho, mas a recuperação de julho é um ajuste nessa trajetória”, disse. Com a recuperação, o patamar do varejo em julho ficou 0,3% abaixo do recorde, de maio.
“Trata-se de uma reabilitação espalhada entre as atividades, com cinco setores apontando crescimento com consistência", apontou o pesquisador. As vendas no grupamento de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo avançaram 1,7% na passagem de junho para julho, registrando o principal impacto no resultado geral. “É um setor que espelha o comportamento da pesquisa: vem em trajetória consistente no ano, queda em junho e recuperação em julho”, emendou.
Outro destaque da pesquisa é o crescimento de 2,1% em julho do setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico. “Neste caso, é uma trajetória ainda mais substancial em 2024, após um 2023 de resultados difíceis, com a crise contábil que atingiu grandes lojas do segmento”, frisou o gerente da PMC.
Os outros três setores que acompanharam o crescimento das vendas no varejo nacional em relação ao mês anterior foram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com alta de 2,2%; Tecidos, vestuário e calçados, de 1,8%; e Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 1,4%.
Apesar de apresentar variação positiva, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria teve um leve aumento de 0,1%, ficando próximo da estabilidade.
Por outro lado, dois grupos registraram queda: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,1%).
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