As contas do governo federam registraram um déficit primário de R$ 9,3 bilhões em julho deste ano, segundo o Tesouro Nacional divulgou, nesta quinta-feira (5/9).O resultado representa queda de 75,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 35,9 bilhões.
A receita líquida do governo central aumentou em R$ 16 bilhões, um crescimento de 9,5%, enquanto as despesas totais diminuíram em R$ 12,3 bilhões, uma redução de 6%. Impulsionado, em parte, pelo aumento na arrecadação do Imposto de Importação, que cresceu 45,9%.
O acumulado de janeiro a julho apresentou um déficit de R$ 77,8 bilhões, uma melhora em relação aos R$ 79 bilhões do ano anterior. Esse resultado inclui ações de crédito e antecipações de despesas realizadas no primeiro semestre, que tradicionalmente ocorreriam no segundo semestre.
No cenário do Rio Grande do Sul, o Tesouro Nacional destacou o processo de melhoria do resultado primário, que poderia ter sido maior se não fossem as antecipações de despesas. Apesar do crescimento robusto da receita, a antecipação de despesas impactou o resultado primário, mas a tendência de reversão já começa a se manifestar.
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Em relação ao regimes de previdência, tanto o regime tanto civil quanto militar, observou-se uma tendência de estabilização em torno de R$ 110 bilhões. Já no regime geral de previdência, houve uma recuperação, influenciada pela antecipação de despesas em meses anteriores, gerando um aumento no défict de R$ 24,7 bilhões e relação a julho do ano passado, totalizando R$ 324,4 bi. No entanto, essa recuperação ainda está impactada pelo pagamento de precatórios, que, por serem acumulados em 12 meses, ajustam a curva em dezembro devido a um pagamento extraordinário expressivo.
No quadro de receitas, o mês de julho teve um crescimento real de 9,5%, superando a média acumulada do ano de 8,6%. Esse crescimento foi distribuído entre as receitas administradas pela Receita Federal, com praticamente todas apresentando crescimento de dois dígitos. No entanto, as receitas não administradas registraram uma queda em julho, principalmente devido à ausência de entrada de dividendos.
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