Conjuntura

Haddad comemora PIB do 2º trimestre e diz que índice deve superar 2,8% no ano

Segundo o ministro da Fazenda, um crescimento econômico acima do esperado pode, inclusive, impactar os cálculos do Orçamento 2025

Chefe da equipe econômica destacou que a indústria
Chefe da equipe econômica destacou que a indústria "voltou forte" e que a formação bruta de capital líquido veio acima das projeções, o que significa mais investimentos - (crédito: Diogo Zacarias)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta terça-feira (3/9) o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que cresceu 1,4%. O chefe da equipe econômica afirmou que o resultado divulgado indica que o Brasil pode fechar 2024 com um crescimento econômico acima dos 2,8%.

“Veio muito em linha com as projeções da SPE (Secretaria de Política Econômica). Agora, nós vamos, provavelmente, reestimar o PIB para o ano. Pela força que ele vem se desenvolvendo, deve superar 2,7% ou 2,8%. Há instituições que já estão projetando um PIB superior a 3%”, disse a jornalistas. 

A última estimativa oficial do governo era de um crescimento de 2,5%, a projeção é revista periodicamente. Segundo o ministro, um crescimento acima do esperado pode impactar os cálculos do Orçamento 2025. “Isso pode, inclusive, ensejar uma reprojeção das receitas para o ano que vem, se continuar forte como está. Então, nós vamos analisar com calma”, destacou. 

“A peça orçamentária está fechada com o que foi feito em julho. Mas de julho pra cá, o PIB evoluiu mais do que imaginávamos. Fechamos o Orçamento com o PIB estimado de 2,5%. Qualquer coisa além disso vai se refletir no aumento de receitas provenientes do crescimento orgânico da economia”, acrescentou. 

Pressão inflacionária 

Ao comentar os resultados, Haddad destacou ainda que a indústria “voltou forte” e a formação bruta de capital líquido veio acima das projeções, o que significa mais investimentos. “Nós temos que olhar muito para o investimento, porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação”, disse.

Ele ponderou que se o país não aumentar sua capacidade instalada em meio à aceleração da atividade, é possível que o crescimento econômico pressione a inflação.

“Se nós não aumentarmos nossa capacidade instalada, vai chegar um momento em que vamos ter dificuldades de crescer sem inflação. Mas agora, com o aumento de investimento, algumas indústrias ainda estão com muita margem para crescer a produção”, avaliou. 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 03/09/2024 10:47
x