Pnad contínua

Desemprego recua em 15 unidades da Federação no segundo trimestre

Nos outros 11 estados e no Distrito Federal, a taxa permaneceu estável

A taxa de desocupação caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024, recuando um ponto percentual (p.p.) frente ao primeiro trimestre. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (15/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse recuo na taxa de desocupação do país foi registrado em 15 das 27 unidades da Federação (UF). Nos outros 11 estados e no Distrito Federal, a taxa permaneceu estável. 

  • UFs com queda na taxa de desemprego: Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Ceará, Maranhão, Espírito Santo, Acre, Tocantins, Alagoas, Amazonas, Piauí e Bahia;
  • UFs com estabilidade: Pernambuco, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amapá, Paraíba, Roraima, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Mato Grosso.

As maiores taxas de desocupação por estado foram em Pernambuco (11,5%), Bahia (11,1%) e Distrito Federal (9,7%). Já as menores, em Santa Catarina (3,2%), Mato Grosso (3,3%) e Rondônia (3,3%). Além das 15 UFs com quedas nessa taxa, as outras 12 não mostraram variações estatisticamente significativas no indicador.

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,6% da população ocupada. Os maiores índices ficaram com Pará (55,9%), Maranhão (55,7%) e Piauí (54,6%); e os menores, com Santa Catarina (27,1%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (31,2%).

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, “as regiões Norte e Nordeste possuem taxas de informalidade maiores do que a média nacional. Isso decorre da maior presença de trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e, mesmo entre os empregados, de uma menor cobertura da carteira assinada”.

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

Segundo a analista do IBGE, “a queda da taxa de desocupação em nível nacional no segundo trimestre de 2024 também foi observada regionalmente, com 15 unidades da Federação registrando queda significativa deste indicador, sendo os destaques Piauí e Bahia, onde a retração foi superior a dois pontos percentuais", disse.

"Vale ressaltar que nos estados onde a queda não foi estatisticamente significativa, o panorama foi de estabilidade. Dessa forma, nenhum estado apresentou aumento da taxa de desocupação na comparação com o primeiro trimestre de 2024”, completou Beringuy.

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