Investigação

Operação da PF mira esquema de informações privilegiadas no mercado financeiro

De acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de day trade superior a 94%, a partir da prática ilegal de front running

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (7/8), a Operação Rabbit, que visa combater a prática ilegal de front running — uso de informações privilegiadas — no mercado financeiro. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores de mais de R$ 5 milhões, quantia arrecadada pelo grupo investigado, e o afastamento de um funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) por envolvimento com o esquema ilícito.

O grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de day trade superior a 94%, a partir da utilização das informações privilegiadas.

De acordo com a PF, as investigações foram iniciadas com base em uma denúncia de que os investigados estariam utilizando informações exclusivas, internas e sigilosas para se antecipar aos movimentos do mercado de ações, com a finalidade de obter vantagem financeira.

“Tal fato configura o crime de front running, o qual consiste na prática de um operador financeiro antecipar a um investidor que irá realizar uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo e, assim, gerar lucro, configurando conflito de interesses por meio do uso de informação privilegiada”, informou a corporação em nota.

As investigações contaram com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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