O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira (6/8) que é a favor da autonomia do Banco Central (BC). A afirmação foi feita durante abertura do “Seminário Políticas Industriais no Brasil e no Mundo”, no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
“Somos a favor da autonomia do Banco Central, porque ela garante que não haja oposição política no BC. Ela permite que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante neste momento do país. Então, do ponto de vista da economia, nós temos que proteger o Brasil, proteger o fiscal do Brasil”, apontou Durigan, que estava representando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O secretário-executivo da pasta também falou um pouco sobre a economia do país. “O que nós temos em um ano e meio de governo são bons resultados na economia. Os resultados na economia estão de bom tamanho para o que a gente gostaria? Não, não estão. Havia um ceticismo muito grande, havia uma baixa expectativa para o crescimento, geração de emprego, juros, balança comercial, e nós fomos surpreendendo. Não da forma como gostaríamos, mas surpreendemos”, destacou.
“Nós precisamos seguir, dando tração à economia, da forma como a gente vem fazendo. A política, em um primeiro momento, é fundamental. Nós fizemos um esforço maior, para dar estabilidade para as contas públicas do Brasil”, completou.
Durigan explicou ainda que o governo não aposta na polarização no Congresso e citou a reforma tributária.
“Apostamos na formação de consensos no Congresso, estamos dispostos a ceder sobre a ideia inicial concebida na Fazenda. Em 2023, a Fazenda aprovou inúmeros projetos no Congresso. Um deles é a reforma tributária. Muitas das vezes não chamamos de política industrial, mas a reforma tributária, sem dúvida nenhuma, vai trazer uma oxigenação de racionalidade, de simplicidade e de estabilização de expectativa, que vai ser muito positiva para a indústria”, declarou.