O presidente Luiz Inácio Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (30/8) que a inclusão do gás de cozinha na cesta básica está "dentro do Orçamento". A declaração ocorreu durante cerimônia de inauguração da unidade da AeC Contact Center em João Pessoa, na Paraíba. O chefe do Executivo também criticou o preço do insumo na ponta para os consumidores e alfinetou o "mercado".
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"Não é possível. A Petrobras vende o gás a R$ 36 o botijão de 13kg e o povo é obrigado a comprar a R$ R$ 130, R$ 140. Nós temos que moralizar esse país e cuidar dos pobres, mas quando a gente faz política para os pobres, o mercado reage", apontou.
"Ontem o dólar subiu porque 'nossa, vocês vão ultrapassar o orçamento, o teto de gastos'. A nossa proposta está dentro do Orçamento. A gente não está querendo ultrapassar nada, a gente está apenas querendo dizer que não vamos permitir que pessoas pobres fiquem utilizando lenha para cozinhar, fiquem cozinhando com querosene ou se queimando com álcool. Nós vamos garantir que as pessoas pobres tenham um botijão de 13 kg para cozinhar, não correr perigo e viver decentemente. É isso que a gente vai fazer", acrescentou.
Ele reafirmou que não pretende desvincular o aumento das aposentadorias e de pensões do salário mínimo.
"Tem gente que fala: Lula você precisa tirar esse negócio de aumentar o mínimo dos aposentados. Ô gente, o mínimo é o mínimo. Não tem nada menor do que o mínimo. Como eu posso deixar de dar pelo menos a inflação e dar o crescimento da economia? A economia cresceu 3%. Quem é o responsável pelo crescimento? É o povo trabalhador. Então a gente tem que distribuir um pouquinho para cada um. Por que tem que ficar apenas com uma turma, com uma banda da sociedade?", questionou.
Mais cedo, o petista afirmou que até 2026 o botijão de GLP, o gás de cozinha, será incluso na cesta básica. Segundo o chefe do Executivo, a medida irá custar R$ 13 bilhões do Orçamento da União.
O petista emendou ainda que a medida só poderá começar em 2025, por conta do Orçamento. Lula também aproveitou a ocasião para criticar o mercado, afirmando que o mesmo fica "nervoso" quando o investimento é destinado a pessoas pobres.
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