MERCADO

Dólar dispara e chega em R$ 5,62 com alívio nos EUA

Ibovespa fecha em queda de 0,95%, aos 136.041 pontos, em dia de turbulência nas ações da Azul, que caíram 24%

O destaque negativo nesta quinta-feira ficou por conta das ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4), que despencaram 24,14% após uma notícia do portal Bloomberg que alegou que a companhia estaria buscando opções para quitar a dívida com devedores, que incluem um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, chamado de
O destaque negativo nesta quinta-feira ficou por conta das ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4), que despencaram 24,14% após uma notícia do portal Bloomberg que alegou que a companhia estaria buscando opções para quitar a dívida com devedores, que incluem um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, chamado de "Chapter 11?. - (crédito: Agência Brasil)

O câmbio do dólar comercial encerrou o dia com uma alta forte de 1,16% nesta quinta-feira (29/8). No final do pregão, a moeda norte-americana passou a valer R$ 5,62 no mercado brasileiro. A valorização acompanhou o ritmo observado em outros países emergentes, visto que o Índice DXY, que compara a performance do dólar com moedas de diversos países encerrou o dia com um aumento de 0,29%.

Uma das explicações para a valorização mais acentuada do dólar é a reação do mercado aos dados da economia dos EUA divulgados na manhã desta quinta-feira, que revisaram o Produto Interno Bruto (PIB) do país no 2º trimestre de 2024. A nova estimativa aponta que a atividade econômica norte-americana cresceu a uma taxa anual de 3%, e não de 2,8% como foi publicado anteriormente.

Diante disso, o temor de recessão nos Estados Unidos, que até foi levantado pelo presidente do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, Jerome Powell, ganha menos força. Na avaliação do CEO da Swiss Capital Invest, Alex Andrade, uma economia forte nos EUA tende a aumentar a demanda por exportações, o que deve beneficiar os setores de commodities e outros produtos exportados por países, como o Brasil.

“Por outro lado, se o crescimento robusto levar o Federal Reserve (Fed) a manter ou aumentar as taxas de juros, pode haver um fluxo de capital saindo dos mercados emergentes em direção aos ativos americanos, considerados mais seguros, o que pode desvalorizar as moedas locais e aumentar o custo de financiamento externo para esses países”, avalia Andrade.

Ibovespa e Azul

Enquanto isso, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) voltou a cair e encerrou o pregão em queda de 0,95%, aos 136.041 pontos. Apesar disso, a bolsa acumula ganhos de 0,32% nesta semana, em que quebrou mais uma vez o recorde histórico, ao atingir 137 mil pontos na última quarta-feira (28/8).

As ações que lideraram os ganhos na bolsa de valores no pregão desta quinta foram as da Gerdau (GGBR4), que avançaram 2,27% no fechamento. Os papeis da holding Metalúrgica Gerdau (GOAU4) acompanharam o ritmo e também fecharam no positivo, com aumento de 1,84%. As ações ordinárias da Vale (VALE3) registraram leve queda de 0,12%, enquanto que as preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 0,68%.

O destaque negativo nesta quinta-feira ficou por conta das ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4), que despencaram 24,14% após uma notícia do portal Bloomberg que alegou que a companhia estaria buscando opções para quitar a dívida com devedores, que incluem um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, chamado de “Chapter 11″.

Durante o dia, os papeis chegaram a cair acima dos 26%. Horas após a publicação da notícia, a empresa publicou uma nota em que avalia que a notícia publicada pela Bloomberg é “mal-interpretada”. Sem citar os possíveis acordos levantados na matéria, a Azul elencou uma série de ações que a empresa realiza para cumprir os compromissos com os credores.

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postado em 29/08/2024 19:17
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