Alimentação

Preço de almoço fora de casa cresceu mais que salário mínimo, diz pesquisa

Nos últimos cinco anos, o preço médio de um almoço fora do lar cresceu 49% enquanto que o mínimo cresceu apenas 41% desde então, segundo levantamento da Ticket

Consumidores podem pagar cerca de 158% a mais por uma refeição no horário do almoço, se optarem por restaurantes à La Carte.  -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Consumidores podem pagar cerca de 158% a mais por uma refeição no horário do almoço, se optarem por restaurantes à La Carte. - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)

Uma pesquisa conduzida pela Ticket – marca da empresa Edenred Brasil – revela que, nos últimos anos, tem sido cada vez mais difícil fazer refeições em bares, restaurantes e lanchonetes. Segundo o levantamento, o preço médio de um almoço fora de casa passou de R$ 34,62 em 2019, para R$ 51,61 em 2024, o que representa um aumento de 49%.

No mesmo período, o salário mínimo saiu de R$ 998, há cinco anos, para R$ 1.412. Isso representa uma variação positiva de 41%, ou seja, abaixo da valorização do almoço. Para chegar ao valor da refeição, a empresa considera os preços médios de prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho. Mais de 4,5 mil restaurantes em todo o país participaram da pesquisa.

O almoço mais caro do país é encontrado na região Sudeste, onde a média é de R$ 54,54. Por outro lado, o mais barato foi registrado no Centro-Oeste: R$ 45,21. No geral, o brasileiro que recebe um salário mínimo, teria que desembolsar R$ 1.032,23 por mês para garantir o almoço de segunda a sexta, o que representa 73% do salário mínimo atual.

Para a diretora de Produtos da Ticket, Natália Ghiotto, esse resultado mostra que o preço da alimentação fora de casa não acompanha o salário e evidencia o esforço que os trabalhadores precisam fazer para garantir as refeições nos dias de trabalho.

“Esse cenário também reforça a importância do benefício de refeição oferecido pelas empresas como garantia de acesso a uma refeição completa e de qualidade, que é fundamental para a produtividade e o bem-estar das pessoas”, afirmou

A pesquisa também mostrou que o tipo de serviço oferecido pelo restaurante pode fazer muita diferença, visto que os consumidores podem pagar cerca de 158% a mais por uma refeição no horário do almoço, se optarem por restaurantes no modo à la carte.

A refeição completa (prato, bebida, sobremesa e café) em um restaurante que oferece este serviço custa, em média, R$ 96,44; enquanto que o prato comercial – opção mais popular – sai por R$ 37,44.

O almoço self-service é oferecido, em média, por R$ 47,87, de acordo com a pesquisa. Por fim, a opção à la carte também oferece uma opção mais em conta: o prato executivo sai por R$ 55,63.

“Alguns fatores contribuem para essa diferença nos preços de acordo com a região, estado ou cidade em que o restaurante está. Um deles é o custo de vida. Regiões com um custo de vida mais elevado tendem a ter preços mais altos para alimentos e serviços em geral, incluindo as refeições fora do lar, como é o caso das grandes cidades e áreas metropolitanas”, destaca Ghiotto.

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postado em 20/08/2024 16:30
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