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Haddad enfatiza necessidade de "critério" para adesão em programas sociais

Falta de controle e critérios de elegibilidade são falhas apontadas pelo ministro na gestão de programas de benefícios como o Bolsa Família

Além de pedir ajustes nos programas sociais, Haddad ressaltou a necessidade de um crescimento sustentável e contínuo, com foco na responsabilidade fiscal -  (crédito: Ascom/MF)
Além de pedir ajustes nos programas sociais, Haddad ressaltou a necessidade de um crescimento sustentável e contínuo, com foco na responsabilidade fiscal - (crédito: Ascom/MF)

O Ministro da Fazenda Fernando Haddad chamou a atenção para a necessidade de retomar um controle maior sobre os programas sociais do governo na manhã desta terça-feira (20/8), em debate sobre a economia nacional. O pronunciamento foi feito no Macro Day, evento sobre macroeconomia, que ocorre em São Paulo. Segundo o ministro, o gerenciamento e controle desses benefícios universais criados pelo governo há 20 anos, como o Bolsa Família, perderam a rigidez. “A partir do momento que você não tem mais critério para adesão ao programa, ele perde o sentido”, afirmou.

O ministro lembrou de quando esteve à frente do Ministério da Educação, de 2005 a 2012, e de como era realizado o controle sobre essas ações de políticas públicas. Segundo Haddad, havia um controle trimestral acerca do Bolsa Família, e a fiscalização dos critérios de elegibilidade eram cotidianos. Além de pedir ajustes nos programas sociais, Haddad ressaltou a necessidade de um crescimento sustentável e contínuo, com foco na responsabilidade fiscal e em investimentos na capacitação de mão de obra para o mercado de trabalho, que atingiu a taxa de 6,9% na última medição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a menor para o trimestre desde 2014.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos, deu seguimento ao evento e levou ao debate o tema sobre inclusão de pessoas no sistema financeiro por um custo menor. “A tecnologia possibilita a democratização de ferramentas financeiras e tem o poder de melhorar os serviços governamentais”, defendeu o economista. O mandato de Campos, frente ao BC desde março de 2019, se encerra em dezembro. O assunto também veio à tona e o economista respondeu que espera que seu sucessor não seja julgado “pela cor da camisa que ele veste”. Em junho, Campos chegou a receber críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter tomado um lado político e estar trabalhando para “prejudicar o país”.

Ainda essa tarde, o Macro Day receberá o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, e o secretário executivo do Ministério do Planejamento Gustavo Guimarães. O Macro Day que acontece desde 2018, é organizado pelo Banco BTG Pactual e pode ser acompanhado online pelo link.

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postado em 20/08/2024 15:23 / atualizado em 29/08/2024 13:01
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